Por: Pecê Almeida

Se eu tivesse bola de cristal ou dons premonitórios, cravaria, mas, como o que tenho é algum conhecimento da nossa política e vejo as movimentações, o que posso, neste momento, é apresentar cenários e possibilidades.

Se o script atual seguir até 2024, o candidato do prefeito Humberto Souto à sua sucessão será o vice Guilherme Guimarães. Tem a confiança total do chefe do executivo, está nos holofotes e está sendo preparado para a missão.

No grupo do prefeito, também têm pretensão de disputar o Paço, porém todos conscientes de que a benção de Humberto é para Guilherme, o deputado federal reeleito Delegado Marcelo Freitas, o deputado estadual não reeleito Carlos Pimenta e o superintendente da Santa Casa, Maurício Sérgio.

O PT tem por tradição sempre ter candidatos em cidades que tenham segundo turno. É pouco provável que não tenha candidato em Montes Claros, principalmente agora que voltou à Presidência da República. Os nomes petistas mais visíveis são os dos deputados Paulo Guedes e Leninha, que já foram candidatos a prefeito anteriormente.

O candidato a deputado federal majoritário nas últimas eleições em Montes Claros, Délio Pinheiro, é um pré-candidato a prefeito até óbvio pela expressiva votação de quase 40 mil votos na cidade. Resta saber se Délio terá espaço para a sua candidatura no PDT, onde está filiado, mas cujo controle pertence a Carlos Pimenta, aliado de Humberto Souto, ou se buscará outra legenda.

O deputado estadual Tadeuzinho, que no próximo dia 1º disputará a presidência da Assembleia Legislativa, é um nome sempre lembrado, seja pelo grande carisma pessoal, seja pela força política do pai, o ex-prefeito Luiz Tadeu Leite. Particularmente, penso que Tadeuzinho não tem interesse em disputar a Prefeitura neste momento. Ele, que já foi secretário de estado, é o atual primeiro-secretário da Assembleia e tem pouco mais de 30 anos, tem muitas possibilidades de galgar cargos maiores na política estadual e pode deixar a Prefeitura de Montes Claros para mais adiante.

Gil Pereira, majoritário para deputado estadual, só seria candidato se o cavalo passasse muito arriado em sua frente. Vejo Gil mais inclinado para uma disputa a uma das vagas de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do que para as eleições municipais.

Enfim, faltam dois anos. Mas dificilmente os candidatos viáveis sairão dos nomes aqui ventilados.