O afogamento é a quarta causa de morte acidental em adultos, crianças e adolescentes no mundo. No Brasil, o clima, a vasta rede hidrográfica e o grande litoral contribuem com esses números alarmantes. Em geral, o afogamento acontece por asfixia decorrente da aspiração de líquido, obstruindo as vias aéreas.
Saber o que fazer ao se deparar com uma pessoa se afogando é fundamental para salvar a vida dessa vítima sem colocar em risco a vida de quem se arrisca para salvá-la. Se a pessoa não sabe nadar, jamais deverá entrar na água para tentar salvar alguém. O indicado nesses casos é jogar algo para que a vítima possa se apoiar, como corda, pedaço de madeira etc.
Pedir ajuda é outro ponto fundamental e importante nessas situações. O Corpo de Bombeiros (193) e o SAMU (190) são os dois órgãos preparados para agir nesses casos. Os bombeiros atuam no resgate, enquanto o SAMU atua no atendimento pré-hospitalar.
Mas ao resgatar esse vítima da água, o que fazer até a chegada do soccoro? De acordo com o enfermeiro e coordenador do Núcleo de Educação Permanente do SAMU Macro Norte, Ubiratam Lopes Correa, a massagem cardiorespiratória é fundamental para salvar essa pessoa.
“Empurrar as mãos com força entre os peitos com o peso do próprio corpo, fazendo duas compressões por segundo até que a vítima se recupere ou até a chegada do socorro, é de suma importância para que o tórax da pessoa volte à posição normal, entre cada empurrão, e ele consiga respirar”, enfatiza.
Nesse período de chuvas, os cuidados precisam ser ainda mais redobrados, pois costuma haver o aumento do volume de água dos rios. Um outro fator a ser observado é a formação das “cabeças d’água”, que é o aumento rápido e repentino do nível de um rio corrente ou cheio, devido a chuvas nas cabeceiras ou em trechos mais altos de seu percurso, o que pode pegar as pessoas de surpresa.
O enfermeiro também alerta para a importância de conhecer o local em que irá entrar na água; não utilizar bebidas alcoólicas, e, principalmente não entrar em rios, lagos ou similares em períodos chuvosos. “Além desses, têm outros fatores que podem contribuir para o afogamento de uma pessoa, como passar mal e ter câimbras. O que vale é sempre o cuidado e ser prudente”, ressalta Ubiratam.
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