Convulsão é um distúrbio caracterizado pela contratura muscular involuntária de todo o corpo ou de parte dele, isso ocorre, porque tem um aumento da atividade elétrica em determinadas áreas cerebrais. Geralmente, os sinais e sintomas desse transtorno dependem da região cerebral envolvida.
Algumas situações podem desencadear gatilhos para a convulsão como: emoções intensas, exercícios vigorosos, determinados ruídos, músicas, odores ou luzes fortes. Na maioria dos casos não é possível identificar as causas, porém em outras pode-se destacar: febre alta em crianças com menos de 5 anos, doenças como meningites, encefalites, tétano, tumores cerebrais, infecção pelo HIV, epilepsia, traumas cranianos, entre outros.
Nesse sentido, em função desses gatilhos e das causas citadas, qualquer indivíduo pode desencadear uma convulsão. O enfermeiro do SAMU Macro Norte, Antônio Osmar, explica que existem muitos tipos de convulsões. “As convulsões podem ser do tipo: tônico-clônicas, focais e crise de ausência. Pacientes que têm doenças com a predisposição à convulsão já sabem quando a crise vai acontecer, geralmente, ficam aéreos ou com o olhar fixo em algum lugar ou objeto. Já na crise de ausência, o indivíduo observar com o olhar fixo. Na crise focal, o paciente fica inconsciente e com os olhos trêmulos”, explicou.
Apesar de existir diferentes tipos, o atendimento será o mesmo para todos. O enfermeiro conta que para ajudar uma pessoa durante uma crise de convulsão é necessário calma e chamar a ambulância o quanto antes. “A pessoa que oferece o primeiro socorro, o socorrista, deve manter a calma, e solicitar ajuda, ou seja, ligar para o 192 ou 193. Enquanto aguarda ambulância, ele pode abordar o paciente e afrouxar as roupas do corpo, afastar móveis e objetos próximos, segurar a cabeça do indivíduo para evitar que bata no solo ou em outros lugares. Além disso, o socorrista pode lateralizar o paciente para o lado esquerdo com a face voltada um pouco mais para o chão, para que ele não engasgue com a própria língua, e acima de tudo, os espasmos não devem ser contidos”, contou Osmar.
Segundo Antônio, assim que a convulsão cessar é importante que o socorrista converse com paciente e oriente da situação que ele se encontra. Inclusive, é essencial que o paciente continue lateralizado à esquerda e que se garanta a privacidade do mesmo, pois ele pode urinar ou produzir fezes no local.
A autônoma, Ayesca Gonçalves da Silva, comentou que passou por uma situação assim quando sua amiga teve uma convulsão em uma festa. “Estávamos em uma comemoração, quando de repente a minha amiga desmaiou na minha frente e começou a se tremer. No momento, senti um grande medo e angústia, pois não sabia o que havia acontecido com ela e nem o que fazer para que pudesse ficar melhor, por isso, liguei para o SAMU”, disse Silva.
Nesse caso, Antônio Osmar alerta sobre o que não deve ser feito nesse tipo de situação. “Não dar nenhum alimento ou bebida, evitar colocar objetos na boca ou tentar puxar a língua do paciente. Não tente conter os espasmos musculares. É fundamental que as pessoas mantenham a calma e liguem para o 192 ou 193”, alertou o enfermeiro.
Hoje a amiga de Ayesca Silva está bem, porém a autônoma disse que se soubesse como agir teria ajudado, mas no momento ela achou prudente chamar o SAMU, o que de acordo com ela, foi a melhor opção naquele momento. “O auxílio do SAMU foi imprescindível para socorrer minha amiga, pois a maioria das pessoas, assim como eu, não sabia como proceder, dessa forma, foi a melhor decisão ter ligado para eles”, finaliza.
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