A Polícia Civil prendeu nessa quarta-feira, 10 de agosto, o Dermatologista Linton Wallis Figueiredo, que vinha sendo investigado desde 2016, suspeito de praticar abuso sexual contra pacientes. Em uma coletiva de imprensa realizada na manhã desta quinta-feira, 11, a delegada da PC, Dra. Karine Maia, deu detalhes do caso.
No ano de 2016, o dermatologista foi indiciado por estupro de vulnerável, violação sexual e constrangimento ilegal, quando duas pacientes relataram os abusos que foram confirmados por exames de corpo de delito. As vítimas são primas e tinham na época do crime, 21 e 23 anos.
De acordo com a delegada, treze vítimas foram identificadas durante as investigações e 10 fizeram representação legal contra ele.
A delegada informou ainda que primeira prisão do médico, quando o caso foi descoberto visava garantir que não houvesse nenhum tipo de contato com vítimas e testemunhas. O que atrapalharia as investigações. Quando o inquérito foi finalizado e aconteceu o indiciamento, Wallis foi colocado em liberdade, cumprindo medidas cautelares.
Quando o crime ocorreu, o juiz Isaías Veloso, determinou a prisão e a soltura do médico. O magistrado explicou que ambas as decisões foram tomadas de acordo com as razões jurídicas pertinentes a cada uma das situações.
Karine relatou que em computadores apreendidos na clínica do médico, a Polícia Civil encontrou fotos de pacientes nuas, algumas mostrando os órgãos genitais tiradas sem consentimento das pacientes.
A equipe do Web Tempo conversou com uma das testemunhas do caso que não quis se identificar. A paciente relatou que “quando fui fazer o procedimento o Dr. Lincon, ele disse que eu deveria ir com alguém, e que tinha que ser meu pai ou minha mãe e minha mãe foi comigo. A porta ficava aberta. Na época a esposa dele ficava lá e entrava e saia da sala a todo momento”, comenta.
Em seu depoimento, a mulher foi perguntada se o médico tirou alguma foto, ela afirmou que não lembrava, pois por escolha própria tomava remédios com efeito de sedação para realizar o procedimento, mas que não via problemas em autorizar as imagens.
A Polícia civil cumpriu o mandado de prisão que foi expedido pela primeira vara criminal. O médico foi encaminhado para o presídio de Montes Claros.
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