DECEMBER 9, 2022

Crioterapia tem ajudado pacientes em tratamento contra o câncer a não perderem 100% dos cabelos

Uma paciente que se submeteu ao tratamento comemora os bons resultados que o método tem proporcionado

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Foto: Divulgação Santa Casa de Montes Claros

O tratamento de um câncer, seja ele qual for, trás para o paciente uma série de questões que vão muito além da própria doença. Entre as dificuldades enfrentadas, a queda de cabelo, que ocorre devido algumas intervenções para destruir as células cancerígenas, é um dos fatores que impactam o psicológico principalmente das mulheres, afinal de contas, os fios capilares são de grande importância para a construção da autoestima feminina.

Para auxiliar os pacientes que estão em tratamento contra o câncer, a reduzirem a perda de cabelo, a Santa Casa de Montes Claros tem apostado em um método conhecido como crioterapia, uma espécie de touca que faz o resfriamento do couro cabeludo protegendo os folículos capilares durante a quimioterapia.

A Médica Oncologista, Cláudia Teixeira, explica que “a touca reduz o fluxo sanguíneo no couro cabeludo, o que cria uma espécie de capa protetora responsável pela preservação dos folículos capilares. A sua utilização deve ocorrer 15 minutos antes do início da infusão de quimioterapia, sendo usada durante toda a aplicação e por mais uma ou duas horas após o término da medicação”, comenta.

Uma paciente, de 40 anos, que prefere não se identificar, se submeteu à crioterapia após descobrir um câncer de mama em novembro de 2021. Ela conta como descobriu a doença e comemora os bons resultados que o método tem proporcionado.

“No fim do ano passado, através de uma palpação, senti um nódulo na mama e logo em seguida fiz a mamografia e ultrassom com biópsia, sendo constatado o câncer de mama. Me preocupei bastante com a minha autoestima, pois o tratamento trás para a pessoa a queda de cabelo. Como a Santa Casa oferece esse tratamento diferenciado, onde eu teria a opção de utilizar a touca de resfriamento, decidir fazer e confesso que superou todas as minhas expectativas”, destaca.

Até o momento, a paciente já passou por quatro sessões de quimioterapia vermelha (recebe esse nome devido os medicamentos apresentarem uma cor avermelhada) e 12 sessões de quimioterapia branca (medicamentos sem cor), sendo utilizado a touca até o final do tratamento. Mesmo com o uso de medicamentos fortes, ela conseguiu manter cerca de 60% do cabelo, motivo de muita felicidade.

“Em breve eu vou passar por novos exames e também por uma cirurgia, mas confesso que a crioterapia contribuiu muito para o meu tratamento. Se não fosse esse método eu teria ficado sem nenhum fio de cabelo”, conta.

Para a psico-oncologista, Ana Laura Ferreira, receber o diagnóstico de uma doença grave como o câncer, trás um grande impacto emocional para o paciente, sendo que cada um vai lidar de maneira peculiar com os seus próprios sentimentos e emoções.

“Iniciar o tratamento oncológico, seja com a quimio ou radioterapia, gera uma vulnerabilidade emocional. Dentre algumas reações podemos citar a queda do cabelo como um fator de grande impacto na autoestima dos pacientes, sobretudo nas mulheres, pois não se trata somente de vaidade e estética, vai muito além disso”, enfatiza.

Ana Laura ainda pontua que “os acessórios ajudam muito nesse processo, como perucas, lenços, turbantes, chapéus e bonés, mas se tiver como evitar a perda do cabelo será muito mais gratificante para o paciente e vai ajudá-lo a seguir com mais entusiasmo o tratamento, sem desanimar nem pensar em desistir”, finaliza.

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