O presidente da Sociedade Rural de Montes Claros, José Moacyr Basso, apresentou, nesta terça-feira (30), em reunião on-line, que reuniu diversas autoridades e lideranças, as demandas da classe rural que estão impedindo o Norte de Minas de avançar.
Na oportunidade, o líder classista enalteceu o papel do Secretário de Desenvolvimento Econômico, Fernando Passálio, pela conduta desenvolvimentista à frente da Pasta, onde ele tem eliminado empecilhos e procedimentos que em nada ajudam no progresso do Estado. E também reforçou sobre o que tem atrapalhado a classe produtora, especial quando o assunto é meio ambiente cujos entraves aumentam a cada dia.
“Sugerimos algumas mudanças na legislação. Em algumas delas criadas em governos anteriores que ainda perduram no Governo atual, que impede o desenvolvimento e aumenta a pobreza, principalmente numa região já tão sofrida como a nossa. A Resolução conjunta SEMAD / IEF de nº 3.102, de 26/10/2021, é mais uma medida que vem penalizar a região onde mais se preserva no Estado. Sim, porque não estão cobrando de quem desmatou suas reservas, mas, sim, de quem precisa limpar áreas para produzir”, destacou José Moacyr, que continuou.
“É o mesmo que o mundo faz com o Brasil. Querem punir quem tem mais de 60% de mata preservada. O Norte de Minas tem. E é importante frisar que essa resolução prejudica a região como um todo, do Rural ao Urbano, pois todas as áreas serão atingidas”, afirmou o líder rural.
Segundo Moacyr, outro ponto de pauta apresentado foi a Barragem de Congonhas. O presidente informou que num encontro presencial, em Montes Claros, o tema foi amplamente debatido. À época, ele explicou sobre o sonho coletivo para pecuaristas e produtores rurais, que é a concretização deste grandioso projeto.
“Temos certeza de que esse é um marco para todos nós que lidamos com a seca do Norte de Minas, o que implicaria na segurança hídrica, principalmente para Montes Claros”, descreveu José Moacyr.
O processo de Congonhas está no Departamento Nacional de Obras contra a Seca (Dnocs) com todos os estudos necessários.
“Novamente citamos e argumentamos sobre a importância de Congonhas, que é melhor projeto do Norte de Minas para esse porte de investimento e vai beneficiar dez municípios da região, cujo objetivo é uma vazão regular de 6 m3 / seg. sendo entre 1 a 2 m3 para as cidades do Vale do Jequitinhonha e de 4 a 5 m3 para serem transpostos para o Vale do Rio Verde Grande”, explicou Moacyr.
Na explanação do Presidente, ele deixou claro que
“essa água chegará à Barragem de Juramento que abastece Montes Claros e já foi preparada com adutoras no sentido de mandar 1,2 m3 de água para Montes Claros. O restante da água seguirá na calha do Rio Verde Grande e deixaria a cidade de Montes Claros com uma segurança hídrica muito grande, pois estaria sempre à disposição, caso o consumo da cidade aumentasse. Com certeza em pouco tempo teremos falta de água em Montes Claros novamente. Precisamos de uma obra que custe pouco e resolva o problema por décadas. Essa obra, sem dúvidas, é a Barragem de Congonhas”, disse.
De acordo com José Moacyr, esse é o pensamento dos técnicos, prefeitos beneficiados e das entidades que estudam a questão. Por exemplo, o Prefeito de Itacambira, Geraldo Moisés De Souza, tem feito um esforço grande para que isso aconteça porque sabe do grande potencial turístico da cidade dele com a barragem, que pode ser conhecida nacionalmente, além do potencial que a piscicultura e hidrelétrica podem gerar de emprego e renda para o Município.
O presidente da Rural encerrou as considerações dele apresentando um dado importante: “O Vale do Rio Verde seria abastecido com entre 3 e 4 m3/segundo da água desse projeto numa região considerada a mais fértil do Norte de Minas, trazendo segurança para os produtores de seis municípios”, finalizou.
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