Tramita na Assembleia Legislativa de Minas Gerais requerimento para instalação da Frente Parlamentar da Mobilidade Rodoviária Metropolitana, a Frente Parlamentar Rodoanel. De iniciativa do deputado Virgílio Guimarães (PT), o documento foi protocolado na semana passada e tem como coautores os deputados Duarte Bechir (PSD), Mário Henrique Caixa (PV), Mauro Tramonte (Republicanos), Celinho Sintrocel (PCdoB), João Vítor Xavier (Cidadania), Zé Reis (PODE), Zé Guilherme (PP), Professor Irineu (PSL), Carlos Henrique (Republicanos) e Osvaldo Lopes (PSD).  O objetivo é ampliar o debate para o aperfeiçoamento dos projetos relacionados ao futuro Rodoanel, com destaque para o traçado da sua Alça Sul. O investimento consta no conjunto de obras do Acordo da Vale, para reparação de danos pelo rompimento da barragem em Brumadinho.

Para o deputado Virgílio Guimarães, a logística e a mobilidade devem estar em equilíbrio com a preservação do meio ambiente, do patrimônio histórico e sobretudo com o cuidado com a vida das pessoas. “Nada pode ser mais visto fora da ideia da sustentabilidade, do desenvolvimento equilibrado com a natureza, com o patrimônio histórico e com as demais áreas afetadas, sobretudo com a vida, o conforto, a segurança e a saúde das pessoas”, afirmou ao defender a criação da Frente, que já conta com o apoio de parlamentares com atuação na Região Metropolitana de Belo Horizonte, especialmente das cidades de Santa luzia, Ribeirão das Neves, Contagem, Ibirité, Betim e Brumadinho dentre outras.

O parlamentar também ressalta a importância da participação efetiva dos prefeitos da Grande BH no debate e construção do projeto. Para Virgílio Guimarães, os municípios têm um papel fundamental nesse processo, pois lidam diretamente com os problemas no dia a dia e conhecem de perto a necessidade dos investimentos fundamentais para o desenvolvimento da Região Metropolitana.

Sobre o papel da Frente Parlamentar, Virgílio Guimarães destaca, ainda, a contribuição na solução dos problemas do atual Rodoanel de BH, integrando-o às futuras obras. “Existem pontos críticos que precisam ser solucionados a curto prazo, obras imediatas e imprescindíveis ou problemas que não podem aguardar dez anos para uma solução estrutural”, alerta ao citar o exemplo da interseção do rodoanel atual com a Via Expressa, que não está completamente concluída.  Da mesma forma, a chegada a Belo Horizonte pela BR-040, vindo de Brasília-DF, e pela BR-135, vindo de São Luís do Maranhão, passando pelo Norte de Minas.

O parlamentar ressaltou o importante papel da Assembleia Legislativa no aperfeiçoamento do Acordo da Vale, por meio da Lei 23.830/21, aprovada em julho deste ano. “A Assembleia demonstrou sua importância e altivez na representação da população de Minas Gerais naquela ocasião, e é o que seguramente irá fazer novamente: discutir com prefeitos, vereadores, associações, com a população que reclama seus direitos e com todos os demais interessados, sempre buscando o equilíbrio e a conciliação do desenvolvimento com a sustentabilidade, com o meio ambiente, e sobretudo com a vida humana”, finalizou.