A prefeitura de Montes Claros anunciou na manhã desta quarta-feira (26) um pacote de investimentos para a educação, orçado em mais de R$ 100 milhões, advindos de iniciativa federal. Durante coletiva de imprensa, o prefeito Humberto Souto (Cidadania) explicou, por videoconferência, que a ideia é aplicar os recursos no aprendizado dos alunos das escolas do município, afetados pela pandemia. Isso inclui a compra de cerca de 25 mil tablets e livros, reforma de escolas, além de preparação de estrutura para o aluno permanecer na escola, no contraturno escolar. Com isso, vão fazer aulas de reforço e oferecer almoço para aqueles que estiverem na escola.
“Fizemos um levantamento e verificamos que tem muitas salas ociosas. O aluno vai almoçar na escola e vai permanecer para fazer o reforço. Para isso, nos preparamos para abrigar durante todo o dia. Vamos fazer a contratação temporária de aproximadamente 1.000 profissionais, o que é importante para movimentar a economia da cidade nesse momento de desemprego. Vamos também pagar as férias-prêmio vencidas dos funcionários que quiserem. Além disso, será feito o pagamento que ficou atrasado, com verbas recisórias”, comentou.
Essa coordenação de implantação do sistema será feita por supervisores escolares. Segundo o prefeito, os editais serão publicados e a seleção dos profissionais será por chamamento público. Serão contemplados o ensino infantil e o ensino fundamental. Para Humberto Souto, “isso vai dar uma revitalização no processo educacional da cidade. O projeto é arrojado, grande. O edital já está pronto e deve ser publicado ainda esse mês”, afirmou.
Em virtude da pandemia, as escolas municipais estão com ensino híbrido, por isso, conforme o chefe do executivo explicou, na semana em que o aluno estiver em casa, ele terá o suporte tecnológico, com a entrega de tablets. “Já contatamos a empresa, e assim que o decreto for publicado, já iniciamos a compra e entrega. A previsão é que seja publicado ainda hoje”, disse Souto.
Para além da estrutura física e organizacional, o prefeito ainda foi enfatizou sobre a inclusão de psicólogos e assistentes sociais na grade escolar e no atendimento às famílias dos alunos. “A psicóloga vai visitar a família, porque o atendimento é extensivo, nossa preocupação não é só com o aluno, mas a família dele também. Vai haver um atendimento para que junto com a assistente social, elas possam abordar, juntas, não só o problema social, mas o problema psicológico da família. É um trabalho na cidade, que ultrapassa a escola”.
O presidente da Comissão de Saúde da Câmara Municipal, Daniel Dias (PCdoB), esteve presente na coletiva e disse que o recurso anunciado é um avanço para a Rede Municipal de Ensino. Ele ressaltou que muitas das iniciativas são demandas apresentadas pelo legislativo, porém, sugeriu que, além dos equipamentos tecnológicos, a prefeitura disponibilize também internet para o acesso às aulas. Uma parceria entre a prefeitura e a Câmara Municipal
“A Comissão pautou diversas cobranças que foram anunciadas hoje como, por exemplo, a compra dos tablets para as crianças, o pagamento das férias-prêmio, a reforma das escolas municipais e principalmente a contratação de mais profissionais, especialmente, a inclusão de psicólogos e assistentes sociais. A sugestão é que, além disso, a prefeitura faça a contratação da internet. Uma vez que, o ensino remoto trouxe diversas dificuldades, pois alunos pobres não têm acesso a internet, não tem um telefone celular. Tem pais e mães que não conseguem adquirir, três, quatro aparelhos para dar aos filhos”, concluiu.
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