DECEMBER 9, 2022

Abril registra menor inflação do ano em Montes Claros

Índice foi de 0,48% e grupo de habitação, incluindo materiais de construção, é o que mais teve aumento no preço

Foto: Divulgação

Percentual foi de 0,48%/ Foto: Divulgação

O mês de abril teve a menor inflação do ano de 2021, segundo aponta o relatório divulgado pelo Índice de Preços ao Consumidor, do Departamento de Economia da Universidade Estadual de Montes Claros (IPC/Unimontes), realizado há 39 anos e avalia os preços em 400 estabelecimentos comerciais da cidade.

O levantamento mostra que o percentual foi de 0,48%, influenciado principalmente pelo grupo Habitação, com a alta dos preços dos materiais de construção, elétricos e hidráulicos: tijolos, esquadrias, fechaduras, cerâmicas, canos, torneiras, tomadas, caibros, portas e janelas. Por outro lado, o custo do cimento sofreu uma leve redução ( -1%).

Já o acumulado em 2021 na maior cidade do Norte de Minas é de 2,34%. Os índices nos meses anteriores foram de 0,61% (janeiro), 0,49% (fevereiro) e 0,75% (março).

Segundo o estudo, a queda da inflação de março para abril se deve, principalmente, à redução ou à estabilidade no preço dos alimentos básicos de um mês para outro. O grupo alimentação é o de maior peso no cálculo do IPC/Unimontes. Entre as quedas registradas estão a carne bovina (-0,38%), feijão (-0,63%), arroz (-1,62%), tomate (-1,71%), banana (-5,24%) e batata (-7,41%), entre outros. O pão francês e o óleo de soja mantiveram os preços estáveis.

Outra percepção deste cenário está no cálculo da cesta básica de abril, com variação negativa de – 1,18%. O custo reduziu de R$ 414,02 de março para R$ 409,13 em abril. Além disso, considerados “Vilões” no índice anterior, os combustíveis registraram novas altas em abril: gasolina (2,87%), etanol (2,78%) e gás de cozinha (4,35%).

Por outro lado, a coordenação do IPC/Unimontes, esclarece que a queda no custo de vida pode não ser perceptiva. Apesar de ter apresentado queda no custo dos hortifrutis, por exemplo, por causa do período de colheita e da maior oferta, vale uma observação. Nos meses anteriores, os preços subiram demasiadamente e, mesmo com a queda de agora, ainda não voltaram ao patamar original de um ano atrás. Por isso, o consumidor perceber no bolso essa variação negativa que aconteceu em abril.

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