DECEMBER 9, 2022

Inflação tem alta em Montes Claros e combustíveis são apontados como os “vilões”

Preços dos combustíveis e do botijão de gás foram os que mais impactaram na alto do percentual, que chegou a 0,75%; por outro lado, itens alimentícios registraram queda

IMG_20210408_132908

Preços dos combustíveis e do botijão de gás foram os que mais impactaram na alto do percentual/ Foto: Nátila Gomes

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) do mês de março apresentou alta de 0,75% em Montes Claros, contra o percentual de 0,49% registrado em fevereiro e 0,61% em janeiro. Já o acumulado de 2021 é de 1,85%.

Mas, diferente dos dois primeiros meses do ano, em que a alimentação foi o setor que mais influenciou no aumento do preço, desta vez os combustíveis foram apontados como os “vilões” do consumidor na pesquisa que avaliou 400 estabelecimentos da cidade.

No levantamento divulgado pelo Departamento de Economia da Universidade Estadual de Montes Claros (IPC/Unimontes), consta que esse salto foi motivado pelo reajuste de preços de itens como álcool (12,82%), gasolina (9,93%), diesel (8,96%); além do gás, classificado no grupo de “habitação”, com 8,23% em março.

Queda

Por outro lado, os itens da cesta básica que vinham sendo classificados como os de maior peso na lista, neste mês registrou queda no percentual. O arroz, por exemplo, que tinha sido o maior “vilão” no preço repassado ao consumidor em 2020, caiu em 2,95%. Também tiveram recuo a cenoura (-8,25%), banana (-7,03%), batata (-4,19%), tomate (-3,77%) e o leite (-1,69%). Já o feijão teve alta de 2,94%.

A carne bovina, farinha, café e pão de sal se mantiveram estáveis. E pelo segundo mês consecutivo em 2021, o índice dos 13 itens essenciais foi negativo: – 0,96%. Em fevereiro, a redução foi ainda maior: – 1,06%.

No entanto, a economista e coordenadora da pesquisa, Vânia Vilas Boas, avalia que essa queda não será sentida de forma clara pelo consumidor.

“A alimentação vinha aumentando desde o ano passado, mas, em decorrência de safra de muitos itens componentes da cesta alimentar houve uma redução nos preços. Mas essa queda ainda não se pode comemorar, haja vista que embora os preços caíram, eles não voltaram ao patamar de um ano atrás, em março do ano passado. Isso faz com que o consumidor não sinta essa diferença no bolso. Pois, na realidade, os preços estão reduzindo mas não na velocidade em que eles aumentaram”, explica.

Compartilhe: