Tomou posse na noite desta segunda-feira (08), o novo presidente da Sociedade rural de Montes Claros, José Moacyr Guimarães Basso para o Biênio 2021/2022; ele substituiu o presidente José Luiz Veloso Maia. A Assembleia Geral Ordinária e a Eleição da chapa única ocorreu de forma remota devido à pandemia.
Moacyr Guimarães é o 27⁰ presidente da entidade e resolveu aceitar o desafio de gerir a entidade mesmo diante do momento de pandemia. Durante os 24 anos que integra a sociedade rural, foi diretor de agroindústria, diretor de leilão, tesoureiro e atuou como vice-presidente na última diretoria. Ele comenta que, como muitas empresas e áreas, a Sociedade terá que se adaptar. Sobre prioridades, o novo gestor é enfático:
“Nossa maior bandeira é a representatividade. Porque o Norte de Minas, principalmente o meio rural, tem muitas demandas mau resolvidas. Como é a questão da inclusão do Norte do estado na Mata Atlântica. Isso é uma situação injusta pois aqui não é mata atlântica. Temos também muitas barragens que estão projetadas, outras até iniciadas e não terminaram. Nosso maior pleito é procurar nos unir com as outras entidades na nossa região para buscarmos resolver esses problemas que estão mal resolvidos até hoje. E, também, concomitantemente, reativar a nossa Expomontes, no momento que for possível”, diz.
Com relação às barragens citadas, ele lembra que Montes Claros sofreu há um tempo a falta de abastecimento e o problema está para ser resolvido com a instalação dos sistemas do Rio São Francisco e Pacuí. No entanto, ele acredita que existam outros caminhos mais próximos para solucionar as demandas da região.
“Montes Claros sofreu a um tempo com a falta de abastecimento e esse problema está pra ser resolvido com as instalações dos sistemas do Rio São Francisco e Pacuí. Mas se tivesse feito a barragem de Congonhas, em Itacarambi, não precisava disso. Aqui tem uma série de barragens que estão só no papel, ou inacabadas. A barragem de Jequitaí é outra que iniciaram e não terminaram. Precisamos fazer um movimento para sensibilizar os políticos para realizar essas obras. Já tem mais de 20 anos que o projeto da barragem do rio Congonhas foi criado, mas não foi sequer iniciada”, completa o presidente.
Apesar do cenário adverso na maioria dos setores, a expectativa da nova diretoria é conseguir dar a volta por cima. E Moacyr conta com alguns indicadores a seu favor. A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil informou que o Produto Interno Bruto (PIB) do Agronegócio para 2021 tem um índice de crescimento de 3%, enquanto o Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) deve ter aumento de 4,2%. Ou seja, o setor agricula e os agricultores podem ajudar de maneira acentuada a economia brasileira.
“Já tem algum tempo que o setor do agronegócio está sendo um dos autores da retomada da economia no Brasil, que vem sendo a mola propulsora. A balança do país fica superavitária por causa do agronegócio. E a tendência é crescer ainda mais. Nós temos vários estudos nacionais e internacionais que mostram que em 30 anos a população mundial deve chegar a 9 bilhões de pessoas. Nesse caso, vai precisar de muito alimento e está provado que o único país que tem capacidade de aumentar bastante a produção é o Brasil”, ratifica.
Um empasse destacado foi sobre os reivindicações levantadas por ambientalistas, quanto a preservação e uso dos recursos naturais, por meio dos agricultores. Para Moacyr, algumas questões devem ser desmitificadas. “Precisamos romper algumas barreiras no setor ambiental, porque as pessoas precisam entender que quem mais quer proteger a natureza é o produtor rural, mas existem grupos de ambientalistas que se avoram a tentar atrapalhar o nosso agronegócio. Isso é algo orquestrado, vem de fora, mas no Brasil acha respaldo. Uma das coisas que temos que procurar esclarecer é isso: o Brasil precisa produzir, mas não precisa matar e agredir o meio ambiente. Portanto, essas leis ambientais precisam ser mais racionais”, indaga.
Para finalizar, Moacyr destacou sobre as marcas que cada diretoria deixou para a evolução da entidade.
“Eu acho até que a Sociedade rural é feita de tijolo a tijolo por cada diretoria que entra. Então, cada gestão inova em algo, constrói algo. Mas acho que na verdade não é preciso melhorar, mas sim continuar o trabalho de todos aqueles que me antecederam, de forma bem eficaz. Manter a dedicação, principalmente com relação a representatividade. Porque o principal objetivo da Sociedade rural é representar e defender o produtor rural”.
“Nós estamos de portas abertas. Queremos que a Sociedade rural seja vista como a casa do produtor rural e que cada vez mais, todos tenham acesso franco, trazendo demandas, para que possamos representar a classe da melhor maneira”, finalizou Moacyr.
Veja os componentes da diretoria para o Biênio 2021/2022:
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