No primeiro dia de paralisação dos caminhoneiros, que começou nesta segunda-feira (1º) o fluxo nas BR’s 251 e 135, que cortam o Norte de Minas, permaneceu normal sem nenhum bloqueio da pista. No entanto, a Associação dos motoristas autônomos do Brasil (AMAB), que tem base em Montes Claros, disse que a adesão é progressiva e que grande parte dos motoristas que aderiram à greve optaram por ficar em casa, o que representa a queda de 60% da frota de caminhoneiros nas estradas.
Para o presidente da AMAB, Walter Lúcio de Paula, o protesto deste ano possui características distintas da greve de 2018. ” Desta vez, não queremos parar estradas, atrapalhar a passagem dos carros. A grande maioria dos caminhoneiros ficaram em casa, não foram para a rodovia e isso já é um ato da greve. Isso é o reflexo da nossa insatisfação”.
O presidente conta que alguns motoristas estão concentrados em um posto de gasolina no Km 514, da BR-251, e que estão sendo distribuídos panfletos para quem passa pela rodovia. “Muitos empresários entraram em contato, tirando dúvidas, alguns decidiram não colocar o carro na estrada. Nós não queríamos chegar a esse ponto. Pessoal enxergou a paralisação de 2018, com prejuízo, perigoso e desgastante. A maioria retirou os caminhões das rodovias, principalmente os autônomos. Estamos aprendendo a nos organizar. Sem fazer bagunça, de forma ordenada. Só estamos reivincando nossos direitos, que são leis que não estão sendo aplicadas. Queremos valor de frete justo e preço do combustível menor”, diz Walter.
Pelo twitter, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) disse que o trânsito fluiu normalmente no primeiro dia de paralisação, e que não foi registrado nenhum bloqueio da pistas com jurisdição federal.
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