DA REDAÇÃO
Janaelle Cristina Neri Almeida, de 38 anos, é assessora e consultora do terceiro setor e nunca tinha concorrido a eleição. Para ela, o olhar para o meio social é um dos caminhos para promover o desenvolvimento da cidade. “O nosso grupo tem como principal desafio colocar a maioria no centro da administração pública. Temos que construir uma cidade mais igualitária onde todos os bairros sejam tratados de forma justa. Vamos fortalecer os microempreendimentos e movimentos autônomos de organização social”, afirmou.
Ainda de acordo com Janaelle Neri, uma das preocupações do partido é garantir direitos já adquiridos pela sociedade e assegurar que eles sejam realmente aplicados. “Assumindo a prefeitura vamos fazer uma administração com maior diálogo com a população, mais aberta às sugestões comunitárias e com foco no combate à miserabilidade. A cidade possui hoje cerca de 25 mil pessoas vivendo em miséria, pessoas que precisam de alimentação, moradia, saneamento”, diz.
O vice da chapa, Alexandre Zuba, foi definido duas semanas após a reunião. A principal bandeira dele é a cultura, que está abandonada, mesmo sendo a responsável “pela identidade do povo, com um papel transformador na vida das pessoas.” Ele trabalhou por dois anos em um Programa de Prevenção à Criminalidade, do Governo de Minas. “Esse programa levava cultura esporte e lazer pra crianças e adolescentes em zonas de risco, jovens que escolhem o crime como última e única opção de vida. A cultura influencia diretamente em outras áreas: saúde, lazer, esporte, educação, segurança, turismo, transporte, planejamento urbano, sustentabilidade”, explica Zuba.
Zuba ainda destaca outras propostas do PSOL para Montes Claros: “
Inclusão imediata de todas as pessoas com deficiência; políticas de reparação e promoção da igualdade racial; combate à LGBTfobia; transporte público de qualidade; moradia digna; obras públicas de interesse social sem corrupção; planejamento urbano sustentável e participativo; utilização de terrenos urbanos ociosos para agricultura intra e periurbana; direito ao trabalho e renda. Enfim, uma gestão democrática, um governo do povo.”
