ESCALA 6X1
O debate pelo fim da escala 6×1, que consiste em seis dias trabalhados por semana para um de folga, ganhou as ruas e as redes sociais. Uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), nesse sentido, de autoria da deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), está sendo articulada na Câmara dos Deputados, ganhando rapidamente a adesão de políticos à esquerda (na sua maior parte), mas também de muitos parlamentares à direita. Ulysses Guimarães, lendário presidente da Câmara dos Deputados durante a Assembleia Constituinte que resultou na Constituição de 1988, cunhou, certa vez, uma frase: “a única coisa que mete medo em político é o povo na rua”.
ESCALA 6X1 II
O mundo digitalizou-se nesse período, de forma que a pressão das redes sociais também pode representar esse “medo” do qual falava o Senhor Diretas. E, por mais que, diferente da representação social do Brasil, o Congresso Nacional seja composto por muitos mais empresários do que trabalhadores, a onda está tão forte que será difícil essa pauta não ser votada e aprovada. Dificilmente será a escala 4×3 proposta na PEC de Hilton, mas a 5×2 está clara e cristalina no horizonte, até porque boa parte dos trabalhadores brasileiros já cumpre essa jornada. Há uma tendência mundial na redução da jornada de trabalho, considerada por especialistas como fator fundamental para a prevenção de problemas de saúde e para o aumento da produtividade das empresas.
ESCALA 6X1 III
Toda grande mudança social enfrenta resistências, e os trabalhadores brasileiros nunca conquistaram algum direito sem muita luta e com muita oposição dos que temem prejuízos financeiros. Foi assim na Abolição da Escravatura, na criação do salário mínimo, do décimo terceiro, das férias, da licença-maternidade e dos demais direitos trabalhistas. Está sendo assim com o fim da Escala 6×1, mas, como gato escaldado tem medo de água fria, a classe política parece estar aderindo à movimentação de massa de maneira mais célere desta vez, com muitas lideranças certamente temendo mais ficarem marcadas como opositores de uma pauta popular do que propriamente favoráveis à medida.
ESCALA 6X1 IV
Os três deputados federais norte-mineiros já se manifestaram sobre o tema. Paulo Guedes (PT) e Célia Xakriabá (PSOL) estão seguindo seus partidos e são a favor da PEC de Erika Hilton. Já o Delegado Marcelo Freitas (União Brasil) gravou um vídeo para suas redes sociais manifestando-se contra o fim da Escala 6×1. O curioso é que, segundo o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), o líder do União Brasil na Câmara dos Deputados, Elmar Nascimento, prometeu 40 assinaturas favoráveis à PEC. Entre os senadores mineiros, Cleitinho (Republicanos), mesmo sendo de extrema-direita, fez um contundente discurso no Senado a favor do fim da 6×1. O governador de Minas, Romeu Zema (Novo), se manifestou contrário à PEC e disse que a jornada de trabalho precisa ser definida pela relação direta entre patrões e empregados.
EXONERAÇÃO EM MASSA
Todos os ocupantes de cargos comissionados da Prefeitura de Montes Claros serão demitidos no dia 18 de novembro, mas readmitidos no dia 19. A medida é para adequar o executivo municipal à nova estrutura administrativa da Prefeitura, recentemente aprovada pela Câmara Municipal. Houve um ruído na comunicação, que provocou a reação de muitos servidores, porque essa movimentação não teria sido comunicada com a devida antecedência. Uma ação que vai envolver centenas de pessoas e impactar todas as secretarias precisa ser planejada e previamente comunicada para evitar desgastes completamente desnecessários. Aliás, sobre a reforma administrativa, que, na verdade, reduz a quantidade de cargos comissionados em vez de aumentar, a falha na comunicação com a população vem desde a tramitação do projeto no legislativo.
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