A Superintendência Regional de Saúde de Montes Claros – (SRS) iniciou nesta segunda-feira (18), nos municípios de Bocaiúva e Taiobeiras, a realização de encontros de atualização sobre o controle das arboviroses. As atividades teóricas e práticas prosseguem até quinta-feira, 20, com a participação de coordenadores de vigilância epidemiológica e de saúde, bem como agentes de controle de endemias que realizam trabalhos de vistorias em imóveis para o controle do mosquito Aedes ageypti, transmissor da dengue, febre Chikungunya, Zika vírus e da febre amarela.
“Nosso objetivo é avaliarmos com os municípios as questões relativas às arboviroses, a fim de que com o início do período das chuvas neste final de ano até abril de 2022 a região tenha condições de manter sob controle a proliferação do Aedes aegypti e, com isso, evitar o aumento das notificações de doenças”, pontua o coordenador de vigilância epidemiológica da SRS, Valdemar Rodrigues dos Anjos.
Além de exposições teóricas os agentes de controle de endemias participam de aulas práticas com enfoque na utilização dos equipamentos de Ultra Baixo Volume – (UBV) para eliminação de focos do Aedes aegypti. o trabalho envolve, também, a utilização do equipamento aero system que é utilizado para aplicação de inseticida piretróide no interior de domicílios. O equipamento possibilita maior segurança tanto para os profissionais de saúde como, também, para as pessoas que utilizam os imóveis nos quais são identificados a existência de focos do Aedes.
PLANOS DE CONTINGÊNCIA
Aliado ao enfoque no controle do Aedes aegypti nas ações de campo, a SRS também está orientando os municípios quanto à atualização dos planos de contingência das arboviroses. A coordenadora de vigilância em saúde da SRS de Montes Claros, Agna Soares da Silva Menezes explica que até 31 de dezembro todos os municípios deverão concluir a elaboração ou a revisão dos seus planos de contingência para o período 2021/2022. Também em dezembro terminará o prazo para que cada município tenha criado e instalado o Comitê Municipal de Enfrentamento das Arboviroses.
O Plano Estadual de Contingência – (PEC) para o enfrentamento das arboviroses urbanas e a febre amarela, tem o objetivo de intensificar as medidas de prevenção, monitoramento, controle e resposta durante seu período sazonal. “Para isso, o Plano estabelece ações integradas em quatro eixos: vigilância (epidemiológica, entomológica, controle vetorial e laboratorial); comunicação em saúde e mobilização social; assistência (atenção primária, secundária, terciária e assistência farmacêutica); gestão: articulação intersetorial, logística de insumos e pactuação intergestora”, frisa a coordenadora.
Para a elaboração do Plano de Contingência e implementação de ações estratégicas relativas às arboviroses, a Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais – (SES-MG) está disponibilizando R$ 3 milhões 673 mil para os 86 municípios da macrorregião de saúde do Norte de Minas. O repasse dos recursos está previsto na Resolução 7.733, publicada dia 22 de setembro.
O valor a ser repassado em parcela única aos municípios considera o mínimo fixo de R$ 25 mil, mais R$ 0,90 per capita de acordo com o porte populacional de cada localidade. O cálculo segue a população estimada em 2020 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – (IBGE) e pelo Tribunal de Contas da União – (TCU).
Os municípios do Norte de Minas que receberão maiores aportes são: Montes Claros (R$ 397,1 mil); Janaúba (R$ 89,8 mil); Januária (R$ 86 mil); Pirapora (R$ 75,9 mil); São Francisco (R$ 75,8 mil); Bocaiúva (R$ 70,2 mil); Salinas (R$ 62,5 mil); Várzea da Palma (R$ 60,8 mil); Jaíba (R$ 60,4 mil); Porteirinha (R$ 59 mil); Brasília de Minas (R$ 54,1 mil) e Espinosa (R$ 53,4 mil).
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